domingo, 13 de novembro de 2011

Ceará X Santos _ Agora dá!




O Ceará espera se aproveitar da ausência de titulares do Santos, que atua com um time "B", para distanciar do Z-4


A partida contra o Santos, pela 34ª rodada da Série A era vista como de alto risco para o Ceará, já que enfrentaria o campeão da Libertadores, com suas estrelas Neymar, Ganso, Arouca e o artilheiro Borges.



Só que tudo mudou quando o técnico Muricy Ramalho indicou que as estrelas - nem ele - não viriam à Fortaleza e o time seria formado por reservas.



A notícia foi recebida com satisfação no Ceará. Principalmente a torcida, não escondendo que a confiança triplicou. Longe da empolgação dela, os jogadores e o técnico Dimas Filgueiras pregam respeito ao time "B" Santos, mas não cairam no lugar comum de superdimensionar a força do time santista. Respeito sim, mas nada de "o reserva é mais perigoso".



Com a palavra, Dimas Filgueiras. "Eu estaria mentindo se dissesse que era mais fácil jogar com o Neymar e companhia. Não podemos iludir ninguém. Facilitou porque não é o time principal do Santos. Não podemos vir com conversa mole. Se eles viessem com o time A, criariam muito mais dificuldade para o Ceará. Mas sem dúvida esse time "B" vai lutar muito e impôr dificuldades também". Sobre as possíveis mudanças táticas por encarar um Santos que não vinha jogando, Dimas disse que nada vai mudar. "A nossa postura tática será a mesma. Temos que fazer que ela prevaleça. Nada mudou por o time do Santos ser o A ou B. Iríamos buscar a vitória contra o principal. Com o time "B", que sentirá o ritmo, podemos controlar a partida. Mas não descarto o valor deles. Jogaremos com a mesma raça e concentração".




Base



Se Dimas mudou o time contra o Avaí para voltar a vencer após seis rodadas, com os três pontos conseguidos da Ressacada, a espinha dorsal do time foi mantida. Dimas muda apenas por necessidade. Embora tenha testado diferentes formações durante os treinos da semana, só Vicente não joga por estar lesionado. Eusébio será deslocado para a lateral-esquerda e Heleno ocupa seu setor no meio campo.



No Santos, Tata será o técnico, e montou uma equipe recheada de jovens jogadores e experientes reservas, como Aranha, Alan Kardec, Diogo, Ibson, Rodrigo Possebon.



Saiba mais

Foco



Embora os jogadores do Ceará admitam alívio por não encarar o time principal do Santos, o relaxamento passará longe. Tudo pela posição delicada do time na tabela, com 35 pontos e beirando o Z-4. "Continua sendo o Santos, e encararemos o jogo como uma guerra. Na nossa situação não podemos relaxar ou achar que já ganhamos", resumiu o atacante Osvaldo, que será reserva



Superstição



O técnico Dimas Filgueiras quer que os bons fluidos da vitória contra o Avaí deem sorte ao time. Para isso, o Vovô jogará de uniforme preto, novidade naquela partida, e o técnico usará o mesmo uniforme



Blábláblá



O Santos não usará seus titulares por estar pensando no Mundial de Clubes, no fim do ano. A decisão revoltou os cruzeirenses, rivais diretos do Ceará na luta contra o rebaixamento. Só que os mineiros também foram beneficiados em situação idêntica. Em junho, pela Série A, o Santos, em meio à disputa da Libertadores, escalou um time reserva contra o próprio Cruzeiro, em Minas Gerais. O time santista empatou no minuto final





PRÉ-JOGO
Torcedor, prepare-se para o aperto




Tumultos nos arredores do PV viraram rotina, azar dos torcedores, que sofrem para entrar no estádio



Sofrimento. Essa é a palavra que está definindo a entrada dos torcedores no Estádio Presidente Vargas em dias de jogos. Antes de cada partida, apaixonados por futebol se aglomeram no lado de fora do PV, consequência de uma série de complicadores, como a própria estrutura do estádio, a localização do mesmo, o planejamento da Polícia e o costume dos torcedores de entrarem poucos minutos antes do início da partida.



A região onde o Presidente Vargas está localizado também não contribui para um clima tranquilo no pré-jogo. Ao contrário de estádios que possuem grande espaço aberto nos arredores, como no Castelão, o PV está fincado em meio a uma zona residencial no Bairro Benfica e seu acesso ocorre através de ruas estreitas.



Problemas estruturais



Diferente de canchas que estão localizadas em regiões densamente habitadas, como a Vila Belmiro, em Santos/SP, ou o Pacaembu, em São Paulo/SP, o PV possui apenas quatro entradas, o que dificulta o acesso dos torcedores no estádio. No alçapão do Santos, por exemplo, há aproximadamente duas dezenas de portões, situação parecida com a do Pacaembu, que possui 23 entradas.



Dos quatro portões de acesso do Presidente Vargas, apenas dois são destinados a torcida mandante: o Azul (Rua Marechal Deodoro) e o Laranja (Rua Paulino Nogueira). Cada um deles possui nove catracas.



A mesma quantidade a entrada Amarela (Rua Costa Sousa), está usada exclusivamente pela torcida visitante. A separação é exigência do Estatuto do Torcedor, que também ordena banheiros e lanchonetes exclusivos para a torcida de fora.



A entrada principal do Presidente Vargas possui apenas seis catracas e recebe a imprensa, autoridades e torcedores com ingresso para o Setor Especial, que tem bilhetes destinados para ambas as torcidas.



Assim, desconsiderando a gratuidade e projetando o estádio lotado para o duelo de hoje, entre Ceará e Santos, apenas 18 catracas servirão 16.100 apaixonados pelo alvinegro cearense.



Mar de gente



Contudo, não é apenas no portão de entrada que os tumultos estão ocorrendo. Poucos metros antes, a Companhia de Policiamento de Eventos realiza a revista dos torcedores. Ela ocorre em seis pontos nos arredores do Presidente Vargas, são duas para cada entrada, exceto no portão principal.



Entretanto, devido ao baixo contingente, isso só aumenta aglomeração. Cada entrada possui cerca de 20 policiais, são aproximadamente dez por barreira policial, tornando todo o processo lento e causando confusão pouco antes das partidas. Ainda assim, o major George Benício, comandante da Companhia de Policiamento de Eventos, crê que tudo ocorre em absoluta normalidade.



"A aglomeração ocorre com o intuito de evitar que ocorra o mesmo nas catracas. A revista é fundamental para garantir a segurança dos torcedores. O problema é que eles querem entrar no estádio faltando poucos minutos para o início do jogo. São de 8.000 a 10.000 alvinegros querendo entrar, assim não tem como evitar o tumulto. Basta chegar mais cedo e tudo se resolve", pontuou. O efetivo da PM para o jogo será de 324 homens, além de dez da Polícia Civil, 150 da Guarda Municipal e 110 seguranças particulares.

(Fonte: Diário do Nordeste)

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