quarta-feira, 13 de junho de 2012

DENUNCIAS DE DESVIOS NO BNB GERA POLÊMICA NO ASSEMBLEIA



O suposto esquema de desvios e fraudes no Banco do Nordeste do Brasil (BNB), veio à tona após a Revista Época publicar reportagem sobre o assunto. Com as denúncias, o chefe de gabinete Robério Gress do Vale, apontado como um dos envolvidos, foi afastado do cargo.
O deputado Fernando Hugo (PSDB) criticou, nesta terça-feira (12/06) no plenário da Assembleia Legislativa, o Partido dos Trabalhadores (PT) pelo suposto envolvimento no desvio de R$ 100 milhões do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), investigado pela Política Federal (PF). “O PT fez do BNB uma instituição particular a serviço do partido. Esse dinheiro é para bancar caixa dois de campanhas do PT”, acusou o parlamentar tucano. Ele lembrou que o banco público é presidido atualmente por Jurandir Santiago, indicado por políticos do PT.
PGR

Fernando Hugo informou que irá apresentar requerimento à Procuradoria Geral da República, para que o órgão se pronuncie sobre o assunto. “Estes que roubaram dinheiro do BNB para benefícios seus devem ser presos e devolver o dinheiro”, disse.
Mancha

Para o deputado Heitor Férrer (PDT), esse tipo de denúncia mancha a reputação do PT. “Os cargos ocupados por indicação do PT tem redundado nesses roubos, como foi agora com os empréstimos no BNB”, lamentou.
Cautela

O deputado Welington Landim (PSB) pediu cautela. Para ele, é preciso que se faça uma “apuração mais aprofundada”, antes de apontar os culpados. O parlamentar também elogiou a postura do presidente do BNB ao pedir uma auditoria interna para investigar as supostas irregularidades.
Defesa

Já o deputado Dedé Teixeira (PT) rebateu as denúncias de desvio de verbas. Para ele, tudo não passa de uma tentativa de denegrir a imagem da instituição. Dedé classificou o BNB como responsável por boa parte do desenvolvimento vivido pelos estados nordestinos nos últimos anos, especialmente por ter ofertado, de forma crescente, linhas de crédito para produtores.
Segundo o parlamentar, 80% dos recursos do banco são usados para financiar empreendimentos de pequeno porte. “Apenas 20% vão para os grandes. Isto, na visão do capital mais conservador deste País, representa uma inversão de prioridades inaceitável”, pontuou.
Repúdio

Ele repudiou a postura da revista Época de relacionar o escândalo ao deputado federal José Nobre Guimarães (PT-CE). Na opinião de Dedé, trata-se de uma tentativa de minar a liderança do petista no Congresso Nacional. “Guimarães tem pautado a defesa das políticas de desenvolvimento regional. Isto é motivo de reações muitas vezes em prol de interesses irreveláveis”, citou.

(Fonte: Polítika)

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