Brasil lidera ranking mundial de mortos
O GOVERNO entregarão Congresso Nacional uma medida provisória para compra de 73 milhões de doses de vacina
O GOVERNO entregará ao Congresso Nacional uma medida provisória para compra de 73 milhões de doses de vacina
Brasília. O balanço do Ministério da Saúde, divulgado ontem, informa que o Brasil já registra a maior quantidade de mortos pela nova gripe no mundo. Até o dia 22 de agosto, foram observados 557 óbitos pelo vírus A(H1N1). De acordo com o boletim, no entanto, a taxa de mortalidade do Brasil (0,29) é menor do que em outros seis países. Isto porque o percentual de óbitos é calculado em relação à quantidade de habitantes em cada país.
De acordo com o Ministério, os países adotam periodicidade diferente para a atualização do número de mortes. Os últimos dados dos Estados Unidos, por exemplo, se referem a 15 de agosto. Segundo o boletim, os países com as maiores taxas de mortalidade estão no hemisfério sul, por causa do inverno.
A pasta informa que, pela segunda semana consecutiva, houve queda na quantidade de casos graves da nova gripe. De acordo com o boletim, a semana que vai de 16 a 22 de agosto teve uma diminuição no número absoluto de casos. A mesma tendência havia sido observada entre os dias 9 e 15 deste mês.
Segundo o Ministério da Saúde, não é possível concluir que a tendência seja definitiva, pois ainda existem casos em investigação ou que não tiveram as informações sobre a conclusão registradas no sistema de informação pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde.
Mortes
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou, ontem, mais duas mortes por gripe suína. Com os dados, sobe para 98 o número de óbitos em decorrência da doença no Estado.
Segundo a secretaria, as novas vítimas são um homem de 42 anos que morreu no dia 4 de agosto, em Passo Fundo; e um homem de 27 anos que morreu na última segunda-feira (24), na cidade de Caxias do Sul.
Ontem, a Secretaria de Saúde do Amazonas confirmou a segunda morte pela nova gripe no Estado.
Os dados do Ministério da Saúde aponta que São Paulo ainda é o Estado com maior número de mortes: 223. Em seguida estão Paraná (151), Rio Grande do Sul (98), Rio (55), Santa Catarina (11), Minas (8), Distrito Federal (2), Paraíba (2), Bahia (2), Mato Grosso do Sul (1), Pernambuco (1), Rondônia (1), Pará (1) e Rio Grande do Norte (1).
Os dados do Ministério da Saúde são parciais. Dados atualizados de secretarias estaduais da Saúde apontam maior número de mortes em alguns locais, como em Santa Catarina, Paraná e Minas. Além disso, a pasta não incluiu no balanço os óbitos do Amazonas e do Acre.
Gestantes
No total, 1.980 mulheres em idade fértil - 15 a 49 anos - tiveram resultado positivo para o novo vírus, mostra o balanço. Entre elas, 480 eram gestantes e 58 morreram. A gravidez é apontada como um dos fatores de risco para a doença.
O Ministério da Saúde disse que o governo decidiu enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória para a liberação de um crédito suplementar de R$ 2,1bilhões para o enfrentamento da gripe A (H1N1).
Segundo a pasta, o recurso será utilizado na compra de 73 milhões de doses da vacina contra a nova gripe, além da aquisição de 11,2 milhões de tratamentos, equipamentos, leitos de UTI, ampliação dos turnos nas unidades de saúde e capacitação dos profissionais.
O boletim informou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que o Tamiflu, remédio utilizado para o tratamento do A(H1N1), não seja utilizado por pessoas com sintomas leves ou sem fator de risco.
Sintomas
A nova gripe, ou gripe suína, é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A (H1N1). Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares, irritação dos olhos e fluxo nasal.
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