Após quatro anos das denúncias de irregularidades em obras do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) com participação da construtora Delta, a parceria - que é nacional - segue no Ceará. Das obras da BR-222, cinco trechos estão na responsabilidade da Delta Construção.
Se obedecido o último prazo, as obras na rodovia federal devem acabar em outubro deste ano. Anteontem, no Congresso Nacional, foi aprovada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para apurar o envolvimento do empresário Carlinhos Cachoeira com parlamentares e agentes públicos e privados.
Agora, o Caso Cachoeira é mais um capítulo da novela de reconstrução da BR-222 no Ceará. A empresa Delta, do empresário Fernando Cavendish, está numa complicada situação para explicar que sejam falácias as vastas provas anunciadas de envolvimento da empresa em licitações fraudulentas. E não só porque denúncias de escutas de fala do empresário estão repercutindo nacionalmente. Tem quatro anos das primeiras denúncias do Tribunal de Contas da União (TCU) em obras da Delta no Estado do Ceará.
A superintendência do Dnit no Ceará culpa a quadra invernosa para o ritmo lento em trechos de obras da BR-222. Mas entre lento e parado existe uma importante diferença, conforme atestam os moradores de Tianguá. Lá obras estão paradas, que o digam as pontes iniciadas, o que o Dnit definiu como "Obras de Artes Especiais". Por enquanto, é uma obra que liga nada a ninguém. Mas que de dia serve para estacionamento de máquinas, e de noite como esconderijo para usuários de drogas em notório risco social.
(Fonte: DN)
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