quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

163 HOMICÍDIOS EM JANEIRO CONTRA 164 NO MÊS DA GREVE, ESTA É NOSSA CAPITAL


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Janeiro de 2013 contabilizou somente um assassinato a menos que o primeiro mês do ano passado - quando o Ceará enfrentou uma greve de policiais e bombeiros militares nos dias 1º, 2 e 3. Em decorrência do não-policiamento, a Capital teve 39 homicídios dolosos (com a intenção de matar) nas 72 horas da paralisação - e 164 em 31 dias.
Relatório divulgado ontem pela Secretaria Estadual da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) aponta 163 pessoas mortas em Fortaleza em janeiro deste ano, uma média de cinco por dia.
A estatística mostra que o ano de 2013 iniciou violento - já que a logística de policiamento não sofreu interrupções, tampouco houve pico de homicídios como durante a greve na PM. Em todo o Estado, o aumento foi de 8,95% de um janeiro para o outro.
A marca de 2013 de Fortaleza vem de uma crescente trimestral. Desde novembro (136 casos), quando os assassinatos recuaram em relação a setembro (158 registros), as ocorrências aumentaram 19%. Só de dezembro (150 mortes) para janeiro (163), o aumento foi de 8,6%.
Dos 119 bairros da Capital, 68 apresentaram pelo menos um homicídio neste início de ano. Barra do Ceará e Barroso lideram o ranking, com oito óbitos cada. Não houve notificações em 51 localidades (ver tabela ao lado). Em janeiro de 2012, 67 regiões tiveram ocorrências.
Dessa forma, 2013 começa com praticamente a mesma quantidade de assassinatos do mês mais violento do ano passado devido à greve. Sem contar o tímido recuo da Capital no comparativo entre os dois janeiros, o Interior aumentou suas estatísticas em 18,01% (os homicídios saltaram de 161 casos em janeiro de 2012 para 190 em janeiro de 2013).
Caucaia (19), Maracanaú (16), Juazeiro do Norte (13), Eusébio (9), Aquiraz (7) e Russas (7) lideram a lista dos municípios com mais mortes este ano depois de Fortaleza.
O POVO tentou entrevistar o comandante-geral da Polícia Militar do Ceará, coronel Werisleik Pontes Matias. Ele atendeu à primeira ligação da reportagem, mas se disse impossibilitado de falar por estar no meio de uma reunião que tratava justo sobre o redimensionamento dos trabalhos com vistas à redução dos índices de violência no Estado. Pediu para ser acionado no fim do dia, mas não atendeu às quatro ligações feitas.
ENTENDA A NOTÍCIA
Polícia Militar promete redimensionamento dos trabalhos para diminuir os índices de violência. Para especialista, investimento maior deve ser feito na Polícia Civil, responsável pela investigação dos crimes.
Serviço
Acesse o relatório da SSPDS com os assassinatos bairro a bairro de Fortaleza e município a município do Ceará em: bit.ly/YbqpZ8
(Fonte: O Povo)

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